ISABEL SANDE E CASTRO tem agora o Maior apoio dos OEIRENSES

17-09-2013 11:11

COM trabalho já demonstrado em Oeiras, é COM maior confiança que votamos na Isabel.

Uma reflexão de quem faz esta página:

 

A ética da política é a área da ética aplicada que lida com questões políticas como a priorização instrumental de valores políticos, conduta ética de políticos e cidadãos, conflitos entre idealismo e pragmatismo, conflitos entre princípios deontológicos e consequencialistas, conflitos de interesse político, relações internacionais, o valor ético de políticas públicas, valor ético de atos como desonestidade pública e corrupção, entre outros.

 

Caio Hostilio, em 2011, disse sobre este assunto:  “Até que ponto a política é compatível com a ética? A política pode ser eficiente se incorporar a ética? Não seria puro moralismo exigir que a política considere os valores éticos?”.

 

Quando se trata da relação entre ética e política não há respostas fáceis. Há mesmo quem considere que esta é uma falsa questão, em outras palavras, que ética e política são como a água e o vinho: não se misturam. Quem pensa assim, adota uma postura que nega qualquer vínculo da política com a moral: os fins justificam os meios.

O ‘realismo político’, ou seja, a busca de resultados a qualquer preço, subtrai os atos políticos à qualquer avaliação moral, entendendo esta como restrita à vida privada, dissociando o indivíduo do coletivo.

 

Esta concepção sobre a relação ética e política desconsidera que a moral também é um fator social e como tal não pode se restringir ao santuário da consciência dos indivíduos. Em outras palavras, embora a moral se manifeste pelo comportamento do indivíduo, ela expressa uma exigência da sociedade.

A política nega ou afirma certa moral e que, em última instância, a política também é avaliada pelo comportamento e entendimento moral das pessoas. Aliás, se a política almeja legitimidade não pode, entre outros fatores, dispensar o consenso dos cidadãos — o que pressupõe o apelo à moral.

O moralismo abstrato concentra a atenção na esfera da vida privada, do político. Portanto, aprisiona a política à moral intimista e subjetiva deste. Ao centrar a atenção na esfera individual, o falso moralista julga o governante tão-somente como inimigo e seus vícios o leva a buscar algo para enfatizar seu pensamento de ódio, cujo resultado é sempre maléfico ao coletivo, haja vista que não têm alternativas ou projetos que possam modificar o que por ventura possa surgir.  

De um lado o ‘realismo político’; de outro, o moralismo absoluto. Nem tanto mar, nem tanto terra. A política e a moral, embora expressem esferas de ação e de comportamento humano específicas e distintas, são igualmente importantes para a ação humana no sentido da transformação social.

Política e moral são formas de comportamento que não se identificam (a primeira enfatiza o coletivo; a segunda o indivíduo). Nem a política pode absorver a moral, nem esta pode ser reduzida à política. Embora sejam esferas diferentes, há a necessidade de uma relação mútua que não anule as características particulares de cada uma. Portanto, nem a renúncia à política em nome da moral; nem a exclusão absoluta da política.

Mas, ainda fica a pergunta inicial: é possível a ética na política? Deixo a resposta aos leitores, que gostaram desta reflexão e a razão porque foi expressa agora antes das autárquicas. OEIRAS A PENSAR!

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